Marido da prefeita de Luziânia é condenado por tratar trabalhadores como escravos, mas não paga pena
À época, fiscais do MPT, delegados e agentes da Polícia Federal depararam com vários trabalhadores em situações precárias de higiene e segurança. Edinho também mantinha em trabalho análogo à escravidão seis menores de idade, que, segundo o Ministério Público, tentavam da fazenda por não terem o que comer há dois dias. Também constataram que, no local, não havia o fornecimento de água potável; os trabalhadores não eram registrados; os alojamentos não tinham condições sanitárias adequadas.
A condenação de Edinho ocorreu em 2012, quando foi acordado que ele pagaria multa de R$ 40 mil – o valor jamais foi quitado por ele. No mês passado, em agosto, o MPT voltou à carga contra Edinho e determinou que a dívida seja executada – o valor atualizado, com juros e correção monetária, encontra-se em R$ 131 mil. A partir de agora, todo e qualquer bem registrado em nome de Edinho pode ser apreendido até que o valor seja integralmente quitado.
Mas Edinho continua a escapar da Justiça. E a Justiça deu início a uma verdadeira varredura em Cartórios de Registros de Imóveis em diversas cidades. O Ministério Público do Trabalho também solicitou o bloqueio de valores encontrados em contas correntes e também a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele.
Esse é mais um escândalo que atinge a Edna e sua família. Ela já foi alvo de denúncia do Ministério Público de desvio de recursos públicos quando era vereadora e agora, como prefeita, já responde a dois inquéritos no Ministério Público Estadual e um inquérito na Polícia Federal. O Ministério Público chegou a pedir o afastamento da prefeita no mês passado.
O processo contra o marido da prefeita, Edinho, ainda traz um detalhe curioso: o advogado de Edinho é Reuler Machado, o mesmo que defende o prefeito afastado de Luziânia, Cristóvão Tormin, suspeito de crime de importunação sexual contra servidoras do município, de quem Edna era vice e aliada política.
Fonte: Mais Goiás
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